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sexta-feira, junho 15, 2007 

E tudo o vento nos leva!




São pedaços do rikosoi (riqueza) timorense.
Não, não se trata do “salútifero sândalo”. Desse, também houve quem - séculos passados sobre o corte selvagem da madeira preciosa de Timor -, amigo da Natureza e de Timor-Leste o tivesse cortado, mesmo havendo legislação proibindo o abate de árvores…
Alguém apreendeu o sândalo e guardou-o nuns armazéns estatais, ali para os lados do antigo aeroporto de Díli, onde os toros de sândalo ficaram a salvo (???) até que sobreveio a crise de 2006 e foi um ar que lhes deu! Dos ditos armazéns desapareceram toros de sândalo no valor de umas centenas de milhar de dólares… Dizem que uma camioneta os retirou dos armazéns do Estado. Mas, quem pode garantir que assim tenha sido? Eram tempos em que ninguém se atrevia a pôr o nariz na rua, quanto mais esquadrinhar o que se passava em casa alheia, neste caso, em armazéns alheios! Sabe-se lá se não foi uma fortíssima rabanada de vento que os levou!
Esta madeira que se vê na foto faz parte do rikosoi timorense. Trata-se de pau-rosa das matas do Loré, outrora quase inacessíveis.
Hoje, a mata deixou de estar tão impenetrável. Mas, as estradas estão em muito mau estado. O que, também não quer dizer nada…
O curioso que no ano passado resolveu acampar para aqueles lados, fotografou os toros devidamente arrumados, prontos. Para quê?

O “ Timor do Norte a Sul” hoje com textos e poems de :

" SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN" escreve sobre Rui Cinaty e Timor-Leste

"Com Ruy Cinatti, em Timor " de Albano Martins
Este é o endereço do site:

http://timordonorteasul.blogspot.com/

Pau rosa,Pau preto, de cânfora, de teca e de umbila são madeiras nobres que foram utilizadas para decorar, com mobílias salas e salões, camas e até urnas (onde foram depositados os restos mortais) de grande senhores.
Ainda há bem pouco tempo, um amigo, que foi militar em Cabo Delgado (Moçambique)me disse que toros de Pau Rosa e Preto seguiam, junto à bagagem de porão dos navios, para a Capital do Império. Preciosidades que não seguiam na bagagen do soldados (este compravam uma "malazita" (seria mesmo?) de cânfora na loja do china ou do indiano da Beira, Nampula, Tete ou Lourenço Marques, mas na bagagem de outra gente, os nobres claro está.
Árvores pilhadas às florestas, a riqueza de um povo, que até não se sabe se já estariam em altura de ser cortadas.
Árvores que demoram, pensamos, mais de um século, prontas para o corte e serradas em tábuas.
Não é só Timor que está sujeito à lapidação das florestas, noutros países do mundo assim acontece.

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